segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mercyful fate...

Quero um destino sem nada.
Há alturas em que tudo é a perfeita inutilidade... imaginem a inutilidade em Mercyful Fate!!
A voz do rei sem descer docemente pelo teu ouvido, sem me rasgar pele, sem me fazer dançar pela rua que não reconhece passos meus.
Estou farto de me sentir aborrecido, de sentir que nem um pássaro esborrachado contra uma parede me faria sorrir.
Preciso de fazer algo, de agitar o mundo, de contar, contar, e recontar.
Recontar o que? Quantas vezes um álbum é estúpido e não me relaciono com ele?
A culpa é de gajos como o Dio, de vocalistas como o Robert Lowe... de tudo, tudo, tudo.
Quero estar sentado no meio de uma cidade e compreender tudo, cada passo de cada velha com os seus sacos de compras.
Cada desenho de cada miúda indie, cada par de óculos escuros de pitas estúpidas.
Quero sentir uma certa viscosidade ao entrar-lhes na cabeça, aquele nojo peganhento de quem acaba de vomitar algo que até pode ser bom.
Estou mesmo aborrecido.

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